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CADEIRA NINA

Croqui

      Na eletiva de mobiliário fomos desafiados a desenhar e construir uma cadeira. Como ponto de partida, escolhi fazer uma cadeira de balanço, que é um modelo que eu amo e de madeira maçica, uma vez que usaria tábuas de madeiras Itauba, que compunham cercas de um antigo sítio da família. Por conta da procedência das madeiras, denominei a Cadeira de Nina, minha antiga cachorra que conviveu comigo por 16 anos.

   Comecei então a pesquisar cadeiras para serem minhas musas e servirem como referência, e me encantei pela Cadeira de Balanço, de 1950, de Lina Bo Bardi e pela Crate Chair, de 1934, de Gerrit Rietveld.

Balanço, 1950

Lina Bo Bardi

Crate Chair, 1934

Gerrit Rietveld

       A partir dessas refências, da madeira maçica e de balanço, comecei a desenhar a Cadeira Nina. As formas teriam uma leve curvatura, e quatro peças de travamento na horizontal. Todas as peças seriam feitas de madeira Itauba, originalmente de 15 x 3 cm, que passariam por corte e lixa.

Planta

Vista Lateral Externa

Vista Lateral Interna

Vista Lateral Total

Os desenhos tiveram que ser adaptados e outros feitos no teste na hora da fabricação da cadeira.

Vista Traseira

Vista Frontal

   As madeiras Itauba, que por mais de 35 anos foram usadas em cercas, estavam guardadas em um depósito, e foram cortadas para serem levadas para a marcenaria da FAAP.

Para fazer o acento e o encosto tivemos que calcular o ângulo que elas seriam cortadas, que foi de 5 graus.

No dia 9 de maio de 2018 a cadeira estava toda montada e foi possível sentar e testá-la.

      Todas as peças foram lixadas com lixadeira orbital, arredondando-as para ficarem mais confortáveis e menos cortantes.

       O centro gravitacional do giro da cadeira ficou perfeito, fazendo com que todos os lados tivessem peso igual, permitindo o balanço. Todas as peças foram parafusadas e massa foi aplicada para escondê-los. 

      Já toda montada, foi então aplicados o verniz, selador e cera. Enfim, após 4 meses, a Cadeira Nina ficou pronta.

Cadeira Nina na sala do meu apartamento.

Meus agradecimentos ao professor José Renato Bicalho Kehl e ao técnico de marcenaria Valter Rodrigues.

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